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Por Rafael Oliveira
Para Parmênides a
aparência das coisas é o objeto da opinião, pois está em constante mudança, enquanto
que a realidade, o verdadeiro SER é imutável. Parmênides diz que existem 3
vias: o Não Ser, que é nada, indivisível, impensável, incognoscível; o Ser, que
é a totalidade do real,o conhecimento, o pensamento, e é uno; e a Opinião ou
Doxa, que é o meio termo destes. Parmênides dizia que toda mudança era
ilusória, só o que existe realmente é o ser, o não-ser não é, e o Doxa é
resultado dos sentidos humanos, que levam as pessoas ao erro.
Parmênides
afirmava que o devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que
formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e
lembranças. O devir é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. O que existe real e verdadeiramente é o que
não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, mas permanece sempre
idêntico a si mesmo, o Ser.
Por isso os homens não podem pensar e dizer a
verdade, o real. Somente o Ser pode ser pensado e dito, todas as outras coisas
que pensamos, ao dizermos saem diferentes, pois são mutáveis, o Não Ser. Só por
meio da razão o homem poderia descobrir a verdade. Ele dizia
que as pessoas deveriam se afastar dos sentidos, pois assim seguiriam por um
caminho ilusório, errôneo, e que nunca chegariam à verdade, sempre ficariam no
nível das opiniões, do mundano. Pois nada é do jeito que vemos, pois nossos
sentidos nos conduzem ao erro, a imagem de uma flor que chega ao nosso cérebro
não é a verdadeira imagem da flor, pois nossos olhos são imperfeitos, só o Ser
é perfeito. Aí está o contraponto entre pensar e perceber, uma vez que pensar é
visualizar a realidade como ela realmente é, enquanto perceber é visualizar a
aparência. Quando pensamos estamos contemplando o Ser, mas quando percebemos,
estamos diante de uma multiplicidade, o Não Ser.
Concluindo, Parmênides
dizia que o Ser, era uma “verdade esférica”, ou seja, sem
começo e sem fim, sem dobras, sem quebras, indivisível, imutável, sempre
idêntico a si mesmo, e consequentemente e infinitamente uno, e o Não Ser era
simplesmente nada, porque ele não existia, pois se existisse seria.
* Texto retirado da primeira avaliação da disciplina Introdução à Filosofia.
nossa deu até saudade das aulas de filosofia,muito bom !!!
ResponderExcluirTexto sucinto , assimilável e contundente , amei. Obg
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