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terça-feira, 21 de janeiro de 2020


6ª edição, lançada pela Editora Paz e Terra - 1996
Por Vanir Junior

No texto A Revolução Francesa, excerto de A Era das Revoluções (1962), Eric Hobsbawm traz o conceito de “dupla revolução”, entendendo que, por trás da consolidação do capitalismo liberal, bem como do mundo contemporâneo, no século XIX, existiram duas importantíssimas transformações: a revolução industrial sendo esta o “braço econômico”, e a revolução francesa sendo o “braço político”, atuando ambas em um processo de complementaridade  para o estabelecimento de tal modelo. 
Enquanto a Revolução Industrial seria responsável pelas mudanças das estruturas econômicas e tecnológicas (como fábricas e ferrovias), que representam o início do processo de consolidação do capitalismo, a Revolução Francesa seria a responsável por espalhar as ideias de democracia, nacionalismo e liberalismo, ou seja, a ideologia de base iluminista, tendo, portanto, a responsabilidade pela completude de tal processo de consolidação, ao derrubar o ideário do Antigo Regime. 
Mas, por que exatamente a Revolução Francesa é indicada pelo autor como fundadora política da modernidade capitalista e não outros movimentos que também ocorreram no final do século XVIII? Pelo seguinte: segundo o autor, a Revolução Francesa foi o mais fundamental movimento pelo fato de ter ocorrido no Estado mais populoso e poderoso da Europa, além de também ter sido um incomparável movimento de massa e mais radical que qualquer outro, e, por possuir caráter ecumênico, buscou revolucionar o mundo, gerando enorme influência em vários outros processos revolucionários posteriores.  
Já no início do texto, o autor aponta que as origens do movimento devem ser procuradas na situação específica da França, que apresentava um agudo conflito entre a estrutura oficial do Antigo Regime e as forças ascendentes. Lá, as reformas despótico-esclarecidas fracassaram mais rapidamente por conta, principalmente, de uma fortíssima reação feudal, com uma nobreza que, para manter seus privilégios em meio à crise, exasperou o máximo possível as denominadas classes médias (noblesse de robe e burguesia – tanto a alta, quanto a baixa) e o campesinato, buscando afirmar ainda mais seus direitos feudais, o que forneceu a centelha para explodir o barril de pólvora da revolução, uma vez que tal situação promoveu um surpreendente consenso de grupo na burguesia. 
Contudo, essa burguesia, baseando-se em um ideário no qual “povo” era identificado com “nação”, trouxe algo mais revolucionário do que seu programa liberal pretendia, pois isso acabou indo de encontro com os interesses e anseios de mudança da população, ou seja, de toda a maioria do terceiro estamento. Isso levará, na década de 90 do século XVIII, a uma sucessão de governos com projetos políticos diferentes, numa verdadeira briga de tendências moderada/reacionária e radical (girondinos e jacobinos) e, apesar do projeto girondino ter sido o vencedor de tal briga política, com a formação do Império Napoleônico, o mito jacobino foi o que permaneceu e inspirou novas revoluções de cunho popular na posteridade.  
Assim, para Hobsbawm, a Revolução Francesa seria a fundadora política do mundo contemporâneo capitalista ou do que se compreende como modernidade, uma vez que forneceu tanto a sua ideologia de sustentação, mas, também, sua contradição, que é o mito jacobino, ou seja, o cerne popular evidente em diversas revoluções dos séculos XIX e XX.


Referências Bibliográficas:

HOBSBAWM, Eric J.. A Revolução Francesa. 6ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015


PROGRAMAÇÃO

3ª feira - 06/10/2015:

10h às 12h – Auditório Paulo Freire (ICHS)
Inscrições e Cadastramento

12h às 13:30h – Almoço 

14h às 16h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Conferência Inaugural da Área de Idade Média 
Profa.Dra.Vânia Leite Fróes (UFF - PPGH)

16:30h às 18:30h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Mini-Curso De duritia cordis iudaici (“Sobre a dureza do coração judaico”): o amadurecimento do ódio na práxis antissemita episcopal visigoda. Século VII.
Professora Doutoranda Cristiane Vargas Guimarães (PPHR – UFRRJ – Pluralitas – Bolsista CAPES DS) 

18:30hs às 19h
Coffee Break 

19h às 21h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Conferência Inaugural da Área de Antiguidade
Prof.Dr.André Leonardo Chevitarese (UFRJ – PPGHC)


4ª feira - 07/10/2015:

9:30h às 11:30h – Auditório Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) 
Mini-Curso Eremitismo e Anacoretismo no Monaquismo Copta. Século IV.
Prof. Esp. Mestrando Jorge Gabriel Rodrigues de Oliveira (PPHR – UFRRJ –Pluralitas – SEEDUC)

12h às 13:30h – Almoço 

14h às 16h – Auditório Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) 
Conferência da Área de Idade Média 
Prof.Dr.Sérgio Alberto Feldman (UFES – PPGHIS) 

16h às 16:30h 
Coffee Break

16:30h às 18:30h – Auditório Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) 
Conferência da Área de Antiguidade Tardia 
Prof.Dr.Gilvan Ventura da Silva (UFES – PPGHIS) 


5ª feira - 08/10/2015:

14h às 16h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Conferência da Área de Idade Média
Profa.Dra.Leila Rodrigues da Silva (UFRJ-PPGHC) 

16:30h às 18:30h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Mini-Curso As relações entre o historiador da Antiguidade e o aporte linguístico: o conhecimento das línguas antigas e a reconstrução histórica do Antigo Oriente Próximo 
Professora Dra Nely Feitoza Arrais (CEIA-UFF/La Salle Institutos Superiores RJ)

18:30h às 19h
Coffee Break 

19h às 21h – Auditório Paulo Freire (ICHS) 
Mesa Redonda da Área de Antiguidade
Prof.Dra. Nely Feitoza Arrais (CEIA-UFF/La Salle Institutos Superiores RJ)
Prof.Dra. Gisela Chapot (Seshat- Museu Nacional UFRJ)

COM CERTIFICADO

terça-feira, 22 de setembro de 2015